Eia!

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Pérolas de Terça - Post 04


Leitores,

Como nosso jornalista contratado foi convidado a assumir o Departamento de Jornalismo e Edição do Blog, comandando uma equipe de 54 jornalistas (não necessariamente bacharéis, segundo recente decisão), 12 estagiáriAs e 01 advogado (sempre tem um), conseguimos publicar seu post em tempo hábil, aí vai:

Chora CAVACO!!!

Saudações à massa blogueira.

"ÔÔÔ...XINGA MAS NÃO OFENDE", ouvi essa frase que uma dupla de desafortunados moradores de rua em uma discussão acerca de uma carcaça de fogão que cada um deles requeria propriedade. Não sei qual havia sido o xingamento em questão mas realmente existem xingamentos que ofendem e outros que não. Não se trata apenas do modo de falar, mas principalmente do conteúdo léxico da expressão. Há ofensas que calam fundo em nossa honra. Por exemplo, ao chamarem o redondo RRRRRONALDO (que brilha muito no Curinthians) de descomprometido, não apenas o xingaram, mas o ofenderam. Chamar alguém de gordo, não sendo ele o RRRRRONALDO (que brilha muito no Curinthians), pode ter as mais variadas consequências que variam de um simples "não estou nem aí" à tentativa de homicídio. Quando éramos jovens, (não que eu seja velho, apenas sou jovem há mais tempo), não havia pior ofensa que incluir a genitora do contendor na série de impropérios. Dizia-se: "Ah não, a mãe não" e partia-se para as vias de fato. Existem pessoas que sabem ofender. E isso é uma arte nata. Claro que um estágio de dois anos no "Shopping Camelão" podem ajudar muito neste quesito. Há um estudo, publicado pelo seríssimo "International Journal of Intercultural Relations", que determina que o tipo de xingamento está associado a fatores culturais, sociais e históricos. Destaca o estudo que as ofensas geralmente são proferidas na forma feminina tais como "essa porra desse computador" ou "essa merda desse carro não quer pegar", mesmo que se trate de um substantivo masculino, reflexo da disparidade sociocultural entre homens e mulheres. Preste atenção quando for xingar, seja no trânsito (coisa que nunca acontece) ou assistindo um jogo de futebol (local em que xingamentos são igualmente raros). Não venham dizer que é machismo porque inclusive as mulheres xingam no feminino!! Explica ainda o referido dossiê que a Alemanha é campeã em xingar no gênero feminino, o que explica em parte o fenômeno do xingamento feminino acima destacado, tendo em vista a grande influência germânica em nosso estado. Os italianos a seu turno preferem xingar falando de órgãos genitais e de sexo em geral. Estão explicados assim dois terços da nossa herança ofensiva, faltando analisar os xingamentos lusitanos. Estes sim considero os que melhor sabem ofender além de xingar. Os descendentes de portugueses têm um modo muito peculiar de ofender, geralmente ligado aos aspectos físicos das pessoas. Ofensas como "camarão", "girafa" e "cabeça" são típicas dos descendentes de açorianos. Desta forma, é fácil concluir que um mistura de ofensas portugueses, italianas e alemãs formou nosso plantel de xingamentos. Destaco por fim que no momento supremo em que você abrir a boca para xingar alguém, saiba que por trás do palavrão, do insulto e da expressão usada há anos de história e raízes culturais. "Sai prá lá o CRACATOA"!!! Na seção "Drinque da Semana", a receita de hoje é em homenagem às saudosas aventuras da turma em terras Fluminenses e se chama DIABO VERDE. Estávamos de passagem pelo Rio de Janeiro e resolvemos passar uns dias na região dos lagos, dirigimo-nos então a Cabo Frio e Búzios. A noite anterior tinha sido uma ofensa ao fígado de qualquer mortal, um verdadeiro ABOMINATION. Chegamos no agito e logo vimos uma barraquinha vendendo as mais variadas beberagens. Sem perder tempo nos acercamos do estabelecimento e pedimos um DIABO VERDE. Confesso que não era a bebida de nome mais peculiar, mas foi a teve maior identificação com o grupo. Depois de alguns copos de 500ml ganhamos as ruas de Cabo Frio em ritmo de micareta. Mas essa aventura será contada em detalhes em outro post, bem como serão exploradas as receitas dos demais drinques exóticos das barrquinhas de Cabo Frio. Enfim, após esse pequeno relato histórico-etílico declino as quantidades e ingredientes da infusão: uma dose de licor de menta (de onde advém o VERDE do nome), uma dose de conhaque, uma dose de vodka, uma colher de sopa de guaraná em pó (não se conhecia red bull naquela época), uma porção generosa de leite condensado e gelo. Coloque todos os ingredientes no liquidificador e como diziam nossas professoras de matemática "a ordem dos fatores não altera o produto". Bata bem e sirva em um copo grande ou caneco e seja o que Deus quiser.

Do meio do nada, das barrancas cada vez mais gélidas do Rio Taió, fa-fa-fa-fa-fazendo a festa, despeço-me!!

"Eu não vou. Vamos?"

Abraços.

Valeu Rafa!

Abraço,

Rico

Um comentário:

Anônimo disse...

camarão, girafa e cabeça...quem são? heheh