Eia!

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Pérolas de Terça - Post 1

Leitores,

É com enorme satisfação, após exaustivas negociações, que publicamos a primeira postagem de nosso mais novo e nobre jornalista contratado, nosso Arnaldo Jabor: Dr. Rafael Mascarelo!!! Segue abaixo:

Chora CAVACO!!

Saudações à massa blogueira.

Atendendo ao convite de um excelente amigo (e dono de blog), o inoxidável Rico de Miranda, aceitei a prazerosa (ao menos para mim...heheh) tarefa de escrever-lhes.

E o assunto? Do que falar semanalmente? Uma vez que estão excluídos os temas Religião, Futebol e Política, que como dizem, só deve ser discutido com seus correligionários, discorrerei acerca do cotidiano, festas, costumes, bebidas e bandalheiras em geral.

Certa feita, sentando em um bar papeando trivialidades, me indagaram qual a melhor cerveja do mundo. Tomei um generoso gole de uma boa representante nacional e asseverei que responder a tão curioso questionamento seria uma tarefa fadada ao insucesso. Flagrei-me pensando em indagações seculares como “De onde viemos e para onde vamos?”, “Quem sou eu (depois da décima cerveja)?” e “Porque o Super-Homem usa a cueca por cima da calça?”. Após este breve momento de hesitação afirmei para meu atento interlocutor que em nosso socorro nesta etílica odisséia poderíamos recorrer às alemãs, loiras ou morenas, como a Paulaner produzia inicialmente pelos monges da “Ordem dos Mínimos”, fundada por São Francisco de Paula, de onde advém o nome da clássica alemã. Prosseguindo, e me empolgando com a seleção de cervejas, exclamei, já chamando a atenção de metade das pessoas que estavam no bar, que não poderia faltar entre a melhor cerveja uma homenagem às belgas, com destaque para a Duvel (diabo em flamengo), a Leffe, produzida desde o século XIII pelos monges da antiga abadia de Leffe e a não menos belga e gostosa Stella Artois, muito conhecida por nós. Já de pé, arredando as cadeias à minha volta, afirmei que da velha Irlanda, elencaria a Guiness, cuja produção remonta ao ano de 1759 e trata-se da cerveja tipo stout mas consumida no mundo (detém 80 % do mercado de cerveja escura da terra). Tomei mais um gole, ainda mais generoso que o primeiro, e continuei a conversa indicando que a República Tcheca não poderia ficar de fora deste apanhado de boas cervejas uma vez que em suas terras foi originado o tipo Pilsener de cerveja. A região da Boêmia é farta na produção de ótimas loiras incluindo-se a Budweiser original. Olhei para o espelho no fundo do balcão do bar e percebi que meus olhos estavam meio fechados o que me lembrou que até do Japão temos exemplos que confirmam a premissa de que a escolha da melhor cerveja é uma tarefa inglória, já que o império do sol nascente nos oferece a Kirin Ichiban e Sapporo, cujo sabor já tive o prazer de experimentar. Fazendo o caminho mental de volta para casa, ou quase, exortei que na América do Sul, excetuando-se o Brasil, devemos render homenagens às Argentinas Quilmes Imperial e Isenbeck, facilmente encontradas em nossos supermercados. Por fim, mas não em ordem de prioridades, servindo-me da garrafa que estava na minha mesa, passei a citar as cervas nacionais que muito bem nos abastecem como a Brahma Extra, Bohemia e Antártica Original, passando diretamente às cervejarias artesanais (ou nem tanto) como a Eisenbahn (Blumenau), Schornstein (Pomerode), Bierland (Blumenau), Zehn Bier (Brusque), Borck (Timbó) e Heimat (de Treze Tílias, o Tirol Catarinense). Enfim, concluí dizendo que preferia beber a vida inteira sem eleger a melhor cerveja, uma vez que se assim o fizesse, acomodaria minha alma etílica na busca de novos e refrescantes sabores. Terminada a explanação etílica o amigo exclama: “Vai ter cultura assim lá nos infernos, ô ixtepôli!!”

Enfim meus caros, cultura é isso, não escolhe título, seja útil, inútil ou de bar.

Do meio do nada, das barrancas cada vez mais gélidas do Rio Taió, fa-fa-fa-fa-fazendo a festa, despeço-me!!

“Eu não vou. Vamos?”

Abraços.

Mestre Rafa, valeu!!

Abraços,

Rico



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